19 novembro 2021

Tábuas de devaneios

 



Confusos os dias e partes que são,
Ou em parte se vão.
Encontro um momento de discernimento
Focados em equilíbrios de segunda mão.

Seja lá qual for a palavra mágica
A mágica não se faz por capricho,
Nem capricho que se têm,
Nem caprichos que se vão.

O amor se foi junto com a adolescência?
Ou a adolescência que consumiu os tracejo
De uma mente hostil e devaneada?
Sejam tracejo ou hostilidade, de que adianta a vida conturbada?

As rimas me consomem assim como o amor me fez
Nas tábuas da vida preguei minhas impressões
Cabeça, coração, memórias: ladrões!

Me devolvam minha devaneada hostilidade
Ou até meus caprichos...tracejo... espera!
Estes pregos são minhas marcas
E a tábua paga em anuidade...?

Cada ano que passa, são anos a menos ou a mais?
Talvez a hostilidade não tenha ido de forma alguma
Se tivesse, minha anuidade não teria sido paga,
Mas na tábua da vida, a marca foi eternizada.


Débora Cristina Albertoni




Nenhum comentário:

Postar um comentário