22 novembro 2021

Poeira Estelar




Escarra-se na face que me trai em prantos
E nestes sentimentos levianos,
De montes e monstros em meu Ser
Que se deixa escorrer como fluidos newtonianos.

Como poeira estelar me entrego
De braços abertos ao gerador do universo,
Em supernovas me desfaço em poeira
E em camadas me disperso.

De tempos em tempos me renovo em poesia,
E em supernova posso criar outros universos
Levam um pouco de mim e do outro fica um pouco
Na deformação leve de uma estrela já tardia.

A gravidade das minhas Ações se tornam fluidas
Para quem se permitir a ousadia,
De tantas falhas e esperanças frias
Onde no coração se fez do tédio moradia.

Como um universo em particular,
Vejo a forma que escolhi tudo ver
E apesar de tudo, a fusão nuclear 
Aumenta a deformação do espaço do meu ser.


Débora Cristina Albertoni

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