26 junho 2022

Olhos castanhos



Olhos marejados e calados
Que em vão buscavam um fim,
Chegaram com nós desatados
De uma vida sofrida por momentos ruins.

Desatinos teus que na luz buscava,
Em palavras de dor e solidão,
Calado nas noites afora sonhava,
"Olhe para o céu!", "Respira", "Pegue minha mão!".

Acelera o compasso desse motor,
E no coração o compasso foi junto,
Quero ver mais desse sorriso encantador
Pelas noites afora de diversos assuntos.

Descomplicado este reflexo que vibramos
E me peguei querendo mais de ti,
Teu sorriso sincero e abraços criamos
Um mundo só nosso que pro universo pedi.

"Se achegue" em meus braços de paz,
Hoje vejo teus olhos falantes
E um sorriso de quem na luta se faz
Tão simples, tão lindo, constante.

Castanho como as montanhas e suas fissuras,
De caminhos sofridos pelo coração grande,
Mas por onde a luz passa: Brilha!
Brilha! Em luz pura e elegante!


Débora Cristina Albertoni





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