16 março 2011

Invernos

Que passes mil invernos,
Nesse frio que seus olhos exala,
No corpo que te exalta
A formosura do falso eterno.

Em neve, gélida, macia,
Que um lago cristalizado reflete,
Uma forma a ti remete
Que a face lhe acaricia.

Qual formosura és?
Perdeste o rumo á dor,
E ainda pede ao seu penhor
Do suor que não escorre de sua tez.

Que em primaveras,
Não resolve – num forte –
Que sem importância demanda seu consorte
Nessas gélidas esferas.


Débora Cristina Albertoni

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