Deuses em dias claros levantam vinhosNublados, em negro céu erguem as mãosCura do passado não sobrepõe esses vãosMarcados com sangue nos caminhos.Os olhos vêem mas a alma enxerga,Passos dos antepassadosAcorrentados e alastradosNa vida, no nó que se posterga.Meu coração é ferroQue fundiu na base de damascoChega de nó, chicote e carrasco,Que suga um grito, de vida, um berro.Passa vida e você nem vê,Olhos que enxergam em pupilas dilatadasPoucos vêem as correntes passadasDe mão a mão o sofrimento é clichê.Rimas oriundas do que se sente,Em passos e cordas no pescoçoQue lá dentro do poçoA saída não é para cima, é na mente.Antes que eu vá,Axé nos pés e coração nas mãosLeve na saia, roda em bençãosAntes que meus olhos se fechem, se vão.Débora Cristina Albertoni
07 abril 2023
Olhos fechados
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